E depois?
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Se você está sozinha, ouve sempre a mesma pergunta: Ainda não arrumou um namorado? Como pode, uma moça tão bonita e está solteira. Se você está namorando é: Quando vão noivar? Já compraram um terreno? Se está noiva: Já marcaram a data do casamento? Enfim, resolve casar... E ai, quando pretendem ter filhos? Tem o primeiro filho: Quando pretendem ter o segundo? E assim segue a infinidade de perguntas que vamos ouvindo ao longo da vida. Não seria bem mais simples as pessoas perguntarem: Você está feliz? Até quando continuarão a julgar a nossa felicidade pelo nosso estado civil ou pela quantidade de filhos que temos? Acho engraçado porque as perguntas não envolvem minha vida profissional, meus hobbies, os livros que tenho lido, as viagens que tenho feito... São sempre em relação ao meu estado civil. Aliás, o que o seu estado civil diz sobre você? Pra mim ele não diz nada, conheço solteiros e casados, felizes, assim como o contrário também é verdadeiro. Nosso objetivo de vida hoje vai muito além de nascer, crescer, casar, ter filhos e morrer. Não que isso tenha deixado de fazer parte do roteiro, mas entre uma coisa e outra, há uma infinidade de várias outras possibilidades. E cada um deve escolher a ordem e o tempo para cada coisa. Estar casado não é sinônimo de felicidade, assim como estar solteiro não é sinônimo de solidão. Aprenda uma coisa: cada um deve estar como bem entender e a cada um cabe a decisão, bem como a consequência de suas escolhas. Se você casa poderá desfrutar da companhia de alguém para fazer várias coisas, ao passo que se decide ficar solteiro terá que lidar com a falta de companhia muitas vezes. Isso é um problema? Não. Há quem aprecie muito a sua própria companhia e há quem não consiga fazer nada sozinho. Deixe que as pessoas namorem quando quiserem, noivem, casem, tenham filhos ou optem por ficar solteiras se assim for de suas vontades. Quer saber se alguém está bem, pergunte diretamente isso. Saber o estado civil não irá responder a sua pergunta. Não queira que o outro siga o mesmo ritmo que você. Entre o nascer e o morrer, cada um escolhe o que bem entende fazer.
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