Tendo a oportunidade de trabalhar com crianças nas mais diversas
situações: abrigadas, em situação de risco, na saúde publica, na clínica
privada.. Percebo que estão sendo criadas crianças que tem tudo e ao mesmo
tempo falta-lhes o essencial: carinho, afeto, colo, atenção, regras, limites e
vínculo. São pais atordoados, ansiosos por ganhar cada vez mais dinheiro, mas
que estão se isentando da responsabilidade enquanto pais. Ai chegam nos nossos
consultórios desesperados, esperando a fórmula mágica que irá resolver todos os
problemas e torna-las crianças dóceis e obedientes. Lamento informá-los, não há
fórmula mágica, mas a dica é muito simples: estejam com seus filhos. Sentem-se
no chão, rolem na grama, sujem-se, ajudem nos deveres, ouçam, apoiem, elogiem.
Criança precisa de presença e não de presente. Ja diria meu professor de
Psicanálise que presente é a presença do ausente... Muito melhor que dar um
iPad é dar um colo, muito melhor que um play3 é jogar bola na chuva com seu
filho. Muito melhor que ir no Mc Donalds é você mesmo preparar uma comidinha
especial pra ele. Crianças não precisam conhecer a Disney, crianças não
precisam ter um celular, crianças não precisam ter todos os brinquedos que
passam na televisão. Mas crianças precisam de pais presentes, que apoiem suas
escolhas, elogiem seu bom comportamento, incentivem suas decisões. Crianças
precisam de colo quando estão tristes, de companheiros quando estão
alegres e sobretudo, precisam sentir-se
amadas. Queridos pais, não deleguem a nós psicólogos, nutris, fonos, fisios a
responsabilidade que é única e exclusiva de vocês. Aproveitem enquanto eles
ainda cabem no colo, essa fase vai passar e tudo que lhes restará será observar
de longe... E torcer para que eles façam as melhores escolhas...
Psicóloga de vez em sempre, organizada de vez em nunca. Escreve sobre coisas aleatórias e em momentos mais aleatórios ainda. Tem mania de observar tudo ao seu redor e de dar opinião sobre qualquer coisa. Cantora de chuveiro, campeã de matrículas frustradas na academia e aprendiz da arte de encerrar ciclos.
Lindo texto, Josy, até me emocionei. Engraçado que ontem eu estava conversando exatamente sobre isso com a minha mãe, sobre a diferença da minha infância pra das crianças de hoje. As crianças estão cada vez menos crianças e sim mini-adultos. Estressados, robotizados e reféns de modismo. Uma pena!
Sucesso para o blog. Não desista, escreva sempre! Beijos Carol Rech
"Psicóloga de vez em sempre, organizada de vez em nunca. Escreve sobre coisas aleatórias e em momentos mais aleatórios ainda. Tem mania de observar tudo ao seu redor, mas tem opinião formada sobre bem poucas coisas. Aprendiz na arte de encerrar ciclos e de se abrir para novas experiências. Acredita em Deus e nas pessoas. Gosta muito do mar, de sol, da família, dos amigos. Corre, malha, faz trilha, come e bebe quando tem vontade. Sensível e durona, teimosa e manhosa: HUMANA.
2 comentários
Lindo texto, Josy, até me emocionei. Engraçado que ontem eu estava conversando exatamente sobre isso com a minha mãe, sobre a diferença da minha infância pra das crianças de hoje. As crianças estão cada vez menos crianças e sim mini-adultos. Estressados, robotizados e reféns de modismo. Uma pena!
ResponderExcluirSucesso para o blog. Não desista, escreva sempre!
Beijos Carol Rech
Ahh, que bom saber que o texto te tocou de alguma forma :) E obrigada pelos votos de sucesso... Vamos ver se me acostumo nesse novo mundo hehe. Beijão
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